domingo, 28 de fevereiro de 2016

Folclore de Literatura Infantil


Como estamos a entrar no mês de Março, mais um mês com férias escolares, começa também a direção do meu pensamento para atividades que possamos realizar nas férias escolares da Páscoa 2016 no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/).
Claro está que a Escrita Criativa e a Hora do Conto estarão presentes no nosso calendário, mas a escolha do conto deixa-me sempre a pensar mais do que nas restantes atividades.
Porquê?
Ora bem...
Se escolho um conto muito interessante mas que seja apenas texto, pois a seguir iríamos ilustrar ou fazer outra animação, rapidamente a atenção se dispersa em tudo menos na história a ser contada.
Se escolho um livro lindíssimo, repleto de excelentes animações, a atenção nunca passa pelas letras mas sim pelos desenhos.
Se peço para escolherem um livro, cada um consegue ter a capacidade de escolher um tema que goste mas mesmo assim não se sente motivado para ler o pequeno livro até ao fim.
Tenho pensado sobre isso e analisado vários livros infantis, a chamada literatura infantil, onde todos os livros que são destinados a crianças entram.
É muito bom que o gosto pelo objeto livro seja incentivado desde muito cedo, mal consigam segurar no livro, como é o exemplo daqueles livros de plástico para levar para o banho.
Mas depois devemos continuar a aumentar o grau de complexidade do livro, acompanhar o desenvolvimento cognitivo da criança introduzindo mais letras e retirando mais imagens.
Não quero com isto dizer que quando chegarmos aos 18 anos só devêssemos ler livros com letras, muito pelo contrário.
A criatividade também é importante para aplicar noutros contextos de vida, daí a importância das ilustrações.
O que pretendo expor é que, neste momento, tenho assistido a comentários como "Adoro ler livros!" e depois peço para ler um pequeno enunciado e não são capazes se explicar o que está escrito, mesmo a língua sendo o português.
Será que quem escreve os enunciados não o faz de forma para que se perceba? Mas é português...
Mesmo que a linguagem utilizada seja mais complexa, um leitor que é realmente leitor e não apenas adepto do objeto livro conseguiria interpretar, pois o seu pensamento e raciocínio lógico já teriam evoluído nesse sentido.
Folclore de Literatura Infantil, foi a expressão que me ocorreu ao olhar para as estantes do supermercado e também para a sala de literatura infantil de uma biblioteca.
É excelente que o objeto livro esteja a ser cada vez mais tido em conta, mas já devíamos estar a passar para o nível seguinte em que as letras e a mensagem é que contam na realidade.
Afinal de contas, os e-books já chegaram há muito tempo e nós só agora é que passamos a gostar do livro em papel...
Ah!
E outro aspeto interessante: os pequenos são levados a ler, mas os mais velhos referem que não têm tempo.
Pois bem, os pequenos entram na escola às 8h30, estudam até à hora do almoço, depois continuam a estudar e no final do dia ainda fazem trabalhos de casa, isto tudo sempre a ler e a escrever em livros e cadernos.
Os adultos pegam num livro... Quando? E num caderno para escrever... Quando?
Aqui fica a dica: preocupem-se mais com o conteúdo do que com o pacote em que está envolvido. Para isso é preciso gastar algum tempo com o que realmente é importante: o que está lá dentro e a mensagem que quer passar.
Os livros estão feitos e, felizmente continuarão a ser trabalhados novos temas surgindo novos livros. As ferramentas estão disponíveis, vamos saber utilizá-las?

Boas leituras!

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Namoro ou...



Na sexta-feira passada ia a conduzir e pensei "Há muito tempo que não escrevo no meu blogue... Vou fazê-lo hoje e será sobre o artigo da Flor de Lis que li ontem...".
De repente, esse pensamento foi interrompido pela Rádio Comercial e fixei a atenção no que eles estavam a dizer.
Era sobre um estudo feito a adolescentes de alguns distritos da região norte do nosso país em que concluíram que 5% dos jovens casais de namorados consideram normal a violência psicológica e física no namoro, numa relação amorosa.
"O quê?!?!?", pensei eu. "Está tudo maluco?!?! 5%!"
Esqueçam lá o artigo da Flor de Lis por agora...

E os dias de sexta e sábado passaram e o meu artigo não surgia, mas as reportagens na televisão sobre o tema sim... Vejam alguns exemplos nesta pequena lista da RTP: http://pesquisa.rtp.pt/Default.aspx?q=viol%EAncia+namoro

Afinal, o dia 14 de fevereiro passou a ser também para sensibilizar que violência, quer seja psicológica ou física, não faz parte de uma relação amorosa.
Se os casais pensam que assim é, lamento informar mas estão perante uma relação a dois que tem pitadas de amor mas também de outra coisa que não faz parte da sua família de palavras...

Não posso deixar de aqui referir que no próximo dia 20 de fevereiro, no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer (https://espacocrescer2012.wordpress.com/) do qual eu sou diretora, iremos realizar um workshop sobre o Bullying, o que é e como lidar, dinamizado pelo Dr. Vitor Marques, cuja experiência passa não só pela formação mas também com o contacto direto com situações destas, onde estão os namoros dos 5% de jovens de que a Rádio Comercial falou.
Para quem se interessa pelo tema, qualquer que seja a idade ou contexto profissional, aqui fica o convite de participarem nesta sessão onde serão abordadas questões sensíveis mas presentes em todos os nossos dias, na esquina mais escondida por onde passamos diariamente.
Para saber mais visite https://espacocrescer2012.wordpress.com/2016/02/12/workshop-de-bullying-o-que-e-e-como-lidar/ ou contacte-nos através de espacocrescer2012@gmail.com.

Ah!

Feliz Dia dos Namorados!