terça-feira, 17 de março de 2015

Educação e marketing




Estas imagens foram retiradas de uma pequena busca na Internet e não demonstram qualquer preferência pelos produtos ou marcas associados.
Apenas as coloco aqui para fazermos uma pequena análise sobre o poder do marketing na educação.
Quando aqui falo em educação, falo naquela que é a primeira a acontecer a qualquer ser humano, aquela que é a mais significativa para a vida de cada um: a que se transmite e vive em casa, com a família.
Por mais tempo que as crianças e adolescentes passem na escola ou noutras atividades, o pouco tempo que passam em casa com os seus familiares ou equiparados, é o tempo que dita em grande parte a sua personalidade e forma de encarar a vida.
Ora, as empresas de produtos alimentares entram em nossa casa, quer seja em sacos de compras ou pela televisão.
Como convencer e educar uma criança a beber leite simples, muito mais saudável que qualquer outro, em vez de beber leite achocolatado?
Como combater os pacotinhos de leite cheios de bonecos, cores e até brindes, utilizando como concorrente um monótono pacote de leite simples?
Pois bem, não sei, sinceramente, qual é o interesse das empresas que comercializam produtos alimentares, em potencializar muito mais a venda de produtos menos saudáveis em detrimento de produtos saudáveis.
Se falamos de lucro, eles podem ir buscar lucro a qualquer produto...
Não entendo...
Aqui apenas mostro o exemplo do leite, mas poderíamos abordar a temática das bolachas, dos sumos, dos iogurtes, dos legumes, carne e peixe, ... Um sem fim de exemplos que me fazem crer que os produtores de produtos alimentares zelam pela alimentação menos saudável.
Normalmente associamos o menos saudável ao mais guloso, mas já há provas de que podemos continuar a ser gulosos e comer de forma saudável na mesma!
Quem está na fase de criar hábitos alimentares, conta com aquilo que tem disponível. Os educadores vão às compras e trazem para a mesa o que acham por bem e depois têm que se responsabilizar pelas consequências disso...
Deixo aqui um episódio, exemplo prático do que pretendo transmitir:
"- Vamos lanchar?
- Sim! 
- Está aqui o leitinho.
- Não, não... Sumo leão!"
Ora, quando aqui refiro leitinho, falo do simples pacote de leite verde com letras azuis. Quando a criança responde "sumo leão", fala de um pacote de sumo com um leão desenhado cheio de vida.
Nestas situações dá vontade de cortar os leões e outros bonecos e colar nos pacotes de leite simples ou outras embalagens menos apelativas.
Deixar de comprar pacotes de sumo porque têm leões?
Convencer que o leão não faz a diferença no lanche, apenas dá motivo de brincadeira? Mas essa brincadeira também é boa...
Nada disto é grave se não se arrastar ao longo dos anos, se não nos deixarmos ir com a corrente...

Boas alimentações!

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