quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Construção de máscaras


Nas férias de Carnaval no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer em Arada, tivemos a oportunidade de criar as nossas próprias máscaras reutilizando materiais.
O primeiro passo foi uma pequena pesquisa na Internet para escolher o modelo que gostaríamos de seguir ou simplesmente tirar ideias que adaptaríamos às nossas próprias escolhas.
A atividade, apesar de ter sido pensada para qualquer idade, teve a apenas a participação de crianças dos 6 aos 11 anos, sendo as dificuldades de corte de materiais mais difíceis de manusear ultrapassada num espírito de entre-ajuda.
Podem ficar a conhecer mais fotografias em http://espacocrescer2012.wordpress.com/instalacoes/.
Depois da escolha, cada um desenhou e pintou o que viria a ser a sua máscara numa folha branca que serviu de projeto para o próprio design e jogo de cores.
Feito o projeto, cada um escolheu os materiais a utilizar e começou o trabalho para a construção da máscara.
Aqui ficam alguns dos resultados, ainda a secar nesta altura.




Depois de terminadas as máscaras, talvez por não as quererem estragar, todos demonstraram a vontade de a utilizar como decoração no seu quarto e não como máscara.
Boas criações!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Teatro de fantoches

Aqui fica o produto final da primeira experiência de teatro de fantoches com o texto "O monge e o passarinho", realizado nas férias de Natal 2012 no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer.
Para a próxima será melhor e é já nas férias da Páscoa, com outra história!
Boas visualizações!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Tangram


As férias de Carnaval 2013 no Centro Educativo e de Formação Espaço Crescer em Arada, concelho de Ovar, foram passadas novamente com um horário rico em atividades de aprendizagem e brincadeira em simultâneo, mesmo sendo apenas por três dias.
Desta vez, na atividade com o nome “Brincar com a matemática”, recorremos ao Tangram para jogar com as imagens geométricas e ao mesmo tempo desenvolver o raciocínio lógico e o método de tentativa-erro.
Utilizamos duas versões, ambas conseguidas de forma fácil, ao alcance de qualquer pessoa para ter em casa, como mostram as imagens seguintes.



Inicialmente houve um pouco de receio de uma das meninas de 9 anos pois, tal como ela disse, “Eu não sei... Nunca... Nunca brinquei com a matemática!”.
Um dos fatores que enriquece estas atividades durante as férias é a informalidade das mesmas.
O receio desta menina esvaneceu-se quando outra, um ano mais velha, lhe explicou como fazer, experimentando várias maneiras de colocar as peças até conseguir a imagem pretendida, sem medo de colocá-las no local errado.
O que ambas não sabiam é que a imagem mostrada era a solução do Tangram, como a imagem em baixo, e não a imagem que deveria ser mostrada.

Decidi mostrar primeiro a parte fácil para perceber em que níveis estavam. Ao aperceber-me de que já conseguiam fazer mais do que duas figuras com as soluções, expliquei-lhes que há um nível mais difícil, onde as figuras geométricas não estão identificadas, como na imagem seguinte.

Aí sim, a dificuldade aumentou e rapidamente perceberam que teriam que esforçar mais o seu raciocínio porque o desafio era muito maior.
Apesar deste esforço adicional, depois de terem conseguido as imagens anteriores no nível mais fácil, o seu interesse e motivação aumento um pouco.
Esta motivação não foi suficiente para que conseguissem mais do que uma imagem, acabando a mais experiente por referir que não tem o jogo em casa para poder praticar e assim conseguir fazer mais figuras.
A conclusão é simples, mas deixa muito a pensar sobre as práticas letivas e a educação nos vários contextos: todos gostamos de bons desafios, quaisquer que sejam, e gostaríamos de disponibilizar mais tempo e “cabeça” para eles, mas o corre-corre dos programas escolares e da vida em geral impede-nos de ser melhores em algo, mesmo que seja em detrimento de outras coisas.
Sabemos distinguir o essencial do acessório?
Bons raciocínios matemáticos!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

"O que é que veio aqui fazer?"

Novo ano que começa, novos enigmas a desvendar com entrega de IRS e dados da Segurança Social a considerar.
Como até tenho disponibilidade psicológica e física, lá vou eu à Segurança social de Ovar colocar uma questão pessoalmente, para obter uma resposta o mais objetiva possível.
Felizmente não tenho ninguém à minha frente e ao tirar a senha sou logo chamada.
Sento-me à frente da senhora, que nem sequer bom dia diz, e começo a explicar a minha dúvida que se resumia a saber que percentagem de desconto para a Segurança Social entra na declaração da entidade patronal para o IRS. Se seria 11% referente ao trabalhador ou os 34,75% referente ao total de trabalhador e entidade patronal.
Quem está a ler este artigo percebeu a dúvida?
Então a resposta da senhora foi, "não sei quanto aufere por isso não sei quanto é".
Eu sublinhei o facto da percentagem e até mostrei a declaração de remunerações que a entidade empregadora entrega à Segurança Social todos os meses, onde estão mencionados todos os valores e percentagens. A senhora não mexeu as mãos que seguravam a sua cara e nem baixou a cabeça para olhar para o papel, olhando apenas de esguelha para um papel talvez desconhecido para ela, pois é uma declaração de remunerações online- Talvez nunca tenha visto... É normal, pois não é utente desse serviço...
Entretanto pergunta-me, exatamente assim "O que é que veio aqui fazer?"
Eu pensei "Vim dar uma volta, não tinha mais nada que fazer!" e "Estava com saudades vossas e decidi fazer uma visita!" e ainda "Sei lá! Estava aqui perdida e decidi entrar!".
Mas disse "Vim esclarecer esta dúvida porque tenho que entregar esta declaração."
E ela disse "Mas o que é que quer daqui?". Eu respondi novamente o mesmo calmamente e não consegui disfarçar o sorriso da piada que aquela situação me estava a dar...
Agradeci as repostas dela que finalizaram confirmando que são apenas os 11% que são declarados e levantei-me.
Ora, depois de sair da Segurança Social de Ovar fiquei a pensar na boa educação que esta mãe e talvez até mesmo avó transmite aos seus filhos, netos ou sobrinhos.
Estamos a falar de uma senhora de cerca de 50 ou 60 anos, que está na mesa da chefe dos balcões de atendimento.
É este Portugal que temos... São estas pessoas que se queixam que serão penalizadas quanto a ordenados e impostos e subidas de preços...
Sinceramente, nem sei que pensar... Neste momento temos excelentes serviços online que anulam por completo a utilidade de 5 mesas numa Segurança Social de Ovar.
Até o computador é mais educado do que a pessoa!
E é isto que os jovens adultos de hoje aprenderam e irão transmitir aos seus filhos?
Se calhar até têm razão ao querer uma escolaridade mais elevada para os portugueses. Ou então, estamos a atacar o problema no sítio errado...
Estamos bem, estamos...