sexta-feira, 30 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Educação, um recurso para o desenvolvimento

A maioria das pessoas tem consciência que a educação é um recurso para o desenvolvimento quer individual, nos diferentes domínios, quer coletivo, da sociedade em geral, independentemente do país ou cultura.
Ao ler um artigo sobre isto, fui confrontada com dados que provam que ainda há raparigas adolescentes que abandonam a escola muito cedo para casar ou simplesmente porque a sua cultura não permite continuar num mundo que defendem ser para homens.
Estes estudos indicam também que são os países de 3º mundo ou em vias de desenvolvimento que têm maior número de raparigas adolescentes nesta situação.
O caminho que alguns países tomaram, incluindo as mulheres em profissões que só homens conseguiam atingir, levou ao seu desenvolvimento social e económico.
Desta forma, pensa-se que as restantes culturas e países que ainda não seguiram este exemplo, deveriam investir mais na mudança de mentalidades que permitisse que as raparigas adolescentes não fossem obrigadas a seguir um futuro que não desejam, abandonando a escola sem ter oportunidade de escolher uma profissão, ou sequer ter alguma!
Outras culturas há, como Moçambique na Província do Niassa pelo menos, onde esta regra não está instituída, mas subtilmente também reina, pois as raparigas são mães logo que lhes é possível (com a vinda da menstruação).
Penso até que será pior do que ter casamento prometido, pois naquele caso são mães cedo mas não casam, tendo filhos até de diferentes pais que não os reconhecem como filhos...
E ainda, para agravar a estatística, depois de serem mães, voltam aos estudos, indo até para o ensino superior mesmo depois de 3 ou 4 filhos que ficam com os familiares ou mesmo pela rua.
Desenvolvimento... Cada um desenvolve-se como mais convém a si e como lhe deixam desenvolver no seu meio.

sábado, 24 de setembro de 2011

Formiga muchém

Como referi quando voltei de Moçambique, vi coisas que me deram que pensar e muitas são as reflexões que vou tendo.

Uma das reflexões que gostaria de partilhar é sobre a formiga muchém (termo utilizado naquele país).

Para saber mais sobre elas, encontrei um site interessante http://www.matrixdedetiza.com.br/pragas.html (de onde foi retirada a fotografia das formigas). Fui procurar informação pois o que me contaram sobre elas deixou-me surpreendida.

Começando pelo facto de “o povo” as comer e as achar saborosas, o formigueiro também me deixou de boca aberta.

Estava um dia na casa que me acolheu em Lichinga, quando fui à sala e reparei que no buraquinho do chão que estava cada vez maior estavam umas coisitas a mexer. Aproximei-me e quando vi aqueles bichinhos castanhos, não maiores do que a unha do nosso dedo mais pequeno da mão, lancei a pergunta para o ar “O que é isto?”.

Ver todo o tipo de bicho na rua, até nem me surpreendeu, mas a casa ser invadida por bichos vindos de buracos no chão feitos por eles, isso era outra conversa.

Corri à vizinha do lado, expliquei-lhe a situação e depois dela verificar in loco o que se passava, explicou-me que aqueles bichos castanhos eram formigas muchém, que normalmente circulam em terra vermelha e costumam fazer os seus formigueiros furando até à superfície e fazendo “castelos” (termo utilizado por ela) que ficam duros como pedra e ganham as mais diversas formas.

Claro que esta última parte achei um exagero, mesmo vendo o buraco que elas fizeram no chão da sala... Até ao dia em que vi o formigueiro que está na fotografia que vos mostro, dia em que tive a certeza de que a descrição não era um exagero.

Sim, esta “coisa” pontiaguda é um formigueiro de muchém, que está ao lado de uma campa (os cemitérios não têm vedações).

Porque é que esta recordação me faz refletir?

Pois bem, depois de ter recebido o e-mail com o filme que vos mostrei em baixo, pensei logo nestas formigas...

Como é que as formigas, tão pequenas, em conjunto conseguem fazer esta obra tão grande e firme (eu experimentei destruir um formigueiro mais pequeno, sem sucesso) e manter a sobrevivência da sua espécie em terrenos tão vastos, e nós, num país tão pequeno, conseguimos fazer tanta confusão e conflito que em vez de construir para cima, andamos às voltas ao longo dos anos?

Faz-me lembrar conceitos como: colaboração, cooperação, caminhar e trabalhar para um bem comum...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Portugal em crise


Mais uma vez, venho mostrar-vos um vídeo que circula pelo e-mail e que muito se identifica com a nossa situação atual enquanto país.
Os autores estão identificados no final do vídeo.
Esta mensagem circula acompanhada do conselho: Ouvir e refletir.
Sugiro o mesmo, mas não reflitam muito, pois a depressão é uma doença da moda, e sabe-se lá em que porta irá bater...

A Feira Popular Digital


Depois de alguns anos da trágica decisão (para alguns) de demolir toda a Feira Popular de Lisboa, única em todo o país, eis que surge a Feira Popular Digital do Centro de Competências da Universidade do Minho.
Não é a mesma coisa, claro! Nem o público-alvo é o mesmo. Agora é tudo muito... digital!
Mas porque não juntar mais do que uma criança e jogar em grupo? Pode ser que estimule aspetos nunca pensados para quem só vê o computador como uma máquina e algo isolado.
Já circulei pelos diferentes jogos e gostei do que vi e ouvi. Mesmo que soe a publicidade, cá fica a idéia para quem quiser aproveitar.
Fica aqui o link para quem tem turmas, filhos, sobrinhos, ou melhor, educandos a quem dar a oportunidade de tornar mais estimulante para o seu desenvolvimento cada visita à Internet.
Sei que há leitores do blogue que não têm educandos à sua responsabilidade, pois são eles os próprios. Para vocês é só clicar e entrar, com toda a segurança.
A Feira Popular

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mais sobre o voluntariado

Como estamos numa maré de voluntariado ou, pelo menos, da sua promoção, deixo aqui a ideia de visitar Oliveira de Azeméis em meados de Novembro e aproveitar para espreitar o XIII Congresso Internacional de Animação Sociocultural "Voluntariado e Cidadania Ativa".
Para saberem mais deixo aqui o link: Congresso

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vencedor "Blogue - Voluntariado para a Cooperação"

Direcionado para jovens estudantes, a Plataforma das ONGD lançou no início deste ano o concurso para o melhor blogue sobre voluntariado.
Os jovens que aceitaram este desafio foram avaliados quanto ao seu blogue e o resultado foi o blogue 8 sonhos... 8 metas... 8 realidades como vencedor, merecendo os restantes participantes um grande elogio sobre o seu desempenho e esforço.
Mais do que escrever sobre o voluntariado, mais do que ajudar os outros porque parece bem, este concurso talvez fosse para educar para a cidadania, de forma a que a nossa mentalidade vá mudando de geração em geração.
Não devemos pensar só na geração playstation como dependentes da tecnologia... Muito temos a aprender com eles!

Ano Europeu do Voluntariado


Gostaria de partilhar um evento em Aveiro que poderá ser interessante para quem se debruça sobre o voluntariado.
Através do link "informação sobre o encontro" conseguimos saber mais sobre o encontro.
Adianto que o título do mesmo é ENCONTRO "VOLUNTARIADO: CONTEXTOS E PRÁTICAS DE CIDADANIA", que ocorrerá no dia 24 de Setembro, sábado, no Centro Cultural e de Congressos em Aveiro. Conta com a participação de instituições de voluntariado mas também de empresas como a Martifer e Pascoal e Filhos.
Este cruzamento de oradores poderá gerar um dia de esclarecimentos interessantes ou apenas mais temas de controvérsia...
Aqui fica a sugestão para quem possa interessar ;)

domingo, 11 de setembro de 2011

Professor eu?

Hoje deparei-me com esta citação "Rei eu? Como?! Eu também sinto dor, tenho anseios e necessito de amigos." da autoria de Shakespeare (1564-1616).

Mais à frente fui confrontada com o que acho ser de uma humildade que não significa desvalorização ou falta de dignidade, muito pelo contrário...

"Professor eu? Como ?! Eu também tenho dúvidas, muitas vezes não sei, e necessito muito de estudar."

Assusta-me um pouco quando um adulto que, entre os vários papéis que desempenha na sociedade, desempenha também o papel de educador, e insiste na ideia que se é educador dispensa bem a avaliação de outros e a continuação do desenvolvimento dos seus conhecimentos que levam a outro tipo de desenvolvimento e vice-versa.
Às vezes dou por mim a pensar qual é a melhor estratégia para um sucesso profissional: mostrar que sabe e fazer, fazer, fazer; ou deixar em aberto algumas janelas que ainda não estão prontas a ser fechadas (se é que algum dia estarão) e viver a profissão como algo enriquecedor e não como uma tarefa para a qual estudámos e sabemos como fazer.
Na educação a questão é ainda mais profunda, pois estamos perante a responsabilidade acrescida de "clarificação de valores", "educação para o caráter" e "educação para a justiça". Sobre isto, temos hoje a conhecida "Educação para a cidadania".
Estes conceitos são tão relativos e discutidos em áreas como a psicologia, filosofia e educação, que na minha opinião será difícil encontrar uma e única fórmula resolvente que tenha em conta estes contributos.
Mais do que um tema em estudo, é uma opinião de alguém que está num determinado local, num tempo específico e cultura singular.
Este tema é central no livro de Orlando M. Lourenço com o título "Desenvolvimento Sócio-Moral" (2002, Universidade Aberta), do qual retirei as expressões aqui citadas.

No meu tempo é que era...

É um mau título, assim como é uma frase um pouco feia de se dizer e meio caminho andado para que quem está na conversa se sinta desinteressado da mesma.
Principalmente quando recebemos e-mails com anexos como este que aqui partilho, cujo autor desconheço.


Engraçado que, ao fazer as contas ao tempo, as mães de que aqui falam criaram os adultos de hoje, que estão a governar e a dar vida ao país que temos hoje, qualquer que seja essa vida.
Para falarmos de traumas "melhores ou piores" devemos ver as duas partes de igual forma para uma comparação fiel.
Vale a pena desvalorizar os avanços dos estudos nas mais diversas áreas (psicologia, tecnologia, etc.), quando ainda não sabemos as consequências? Como por exemplo, a ideia de que os pais de hoje já não têm tanta tendência para proibições como "era antigamente". Isso é mau ou bom?
Acho estranho estes documentos que circulam, mas admito que são como este blogue: meras opiniões.