quinta-feira, 16 de setembro de 2010

“Obscurantista e tirânico”

Estava eu nas minhas leituras quando me deparei com esta expressão, “obscurantista e tirânico”. É utilizada para se referir aos períodos em que o povo sofreu opressão por parte do estado.

O mais curioso é que esta expressão é utilizada para realçar o efeito positivo que o salazarismo teve na alfabetização e na escolarização.

Os objectivos eram bem claros e pensados a nível económico e político, esquecendo o bem-estar e desenvolvimento pessoal de cada cidadão português. Queria-se uma sociedade industrial e para isso foram criadas mais escolas, crescendo a preocupação com a alfabetização da população fabril, unicamente. Precisávamos de mão-de-obra qualificada para igualar aos outros países da Europa.

Esta preocupação gerou uma comunidade mais letrada, quer aceitemos ou não. Gerou mais escolas, mesmo com as metodologias menos adequadas. As mudanças existiram, mesmo que impostas. E os frutos só foram colhidos muitos anos depois.

Então, eu pergunto, qual é a função do cidadão comum quando quem está no poder toma decisões que alteram realmente a nossa forma de viver e ver o futuro, inseridos nesta aldeia global?

Se calhar não faria mal se olhássemos um pouco para a nossa História, enquanto portugueses, para perceber certos fenómenos de hoje. Pensar na crise, qualquer que seja, com uma perspectiva positiva, inovadora e construtiva.

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